Íctio - Ponto branco
Ichthyophthirius multifiliis
Texto: dr Neville Carrington; Esquema: Clifford e Wendy Meadway
Foto: David Sands
Tradução e adaptação: Mário d'Araújo
Triangulo (Uaru). Esta infecção trata-se
muito bem com produtos disponíveis no
mercado da especialidade
Neste esquema podemos ver o ciclo da infecção:
1 - Parasitas debaixo da pele
2 - Os parasitas adultos saiem da pele e formam uma cápsula
(trofozoíto)
3 - Em natação livre à procura de novos hospedeiros (terontes)
Sinais de infecçãoOs
peixes afectados tentam manter as barbatanas fechadas e roçam-se contra
objectos duros. Os parasitas vêem-se brancos, do tamanho de uma cabeça
de alfinete, fixos nas barbatanas e no corpo.
O Íctio não deve ser confundido com os parecidos tubérculos brancos que aparecem nas barbatanas peitorais e nos opérculos dos peixes macho, em particular nos cometas na época de acasalamento.
Peixes afectadosVirtualmente todos os peixes de água doce podem ser afectados. Uma epidemia é pouco provável em água ácida.
O Íctio não deve ser confundido com os parecidos tubérculos brancos que aparecem nas barbatanas peitorais e nos opérculos dos peixes macho, em particular nos cometas na época de acasalamento.
Peixes afectadosVirtualmente todos os peixes de água doce podem ser afectados. Uma epidemia é pouco provável em água ácida.
Nesta foto podemos observar os brilhantes
pontos brancos do Íctio, fixos no corpo
deste peixe tropical
Detalhes da infecção
O
Ichthyophthirius multifiliis é um parasita ciliado unicelular que no
estado adulto atinge 0,2 a 1mm de diâmetro e tem um característico
núcleo curvado. Este roda constantemente com a ajuda dos seus muitos
cílios.
Os peixes são infectados no estágio de natação livre e
activa dos parasitas. Estes jovens parasitas (ou Tomitos) têm apenas
0,05mm de comprimento e movem-se na água mexendo os seus cílios. Eles
têm que encontrar um hospedeiro conveniente no espaço de dois dias da
sua libertação ou então morrem. Caso se fixem num peixe, eles furam
ràpidamente a camada exterior da pele e vivem entre a pele e os tecidos
por baixo desta, alimentando-se de fluidos corporais e células da pele.
Eles
permanecem na pele e crescem durante 3 semanas, dependendo da
temperatura da água; o crescimento quase não existe abaixo dos 10ºC e é
muito rápido a temperaturas tropicais. Quando adultos, os parasitas
saiem da pele, caiem no fundo e fixam-se numa superfície sólida. Aqui
eles fecham-se numa cápsula gelatinosa ou cisto, e começam a dividir-se.
Ao fim de 15 a 20 horas, até 1000 tomitos de natação livre são
libertados para a água para dar início a novo ciclo no aquário.
Está
claro que os parasitas se podem fixar a um peixe e ficarem como que
letárgicos até que o peixe perca a cor ou enfraqueça de alguma forma.
Isto poderá explicar as não esperadas infestações que às vezes acontecem.
Tratamento recomendadoHá
tratamentos muito eficazes, disponíveis no mercado da especialidade,
para o Íctio. Estes consistem normalmente no verde de malaquite
misturado com outros produtos químicos que lhe aumentam a eficácia
(deixo aqui a nota do sera costapur). É mais fácil atacar o parasita no
estágio de natação livre, apesar de haver produtos que dizem ser
eficazes contra os parasitas fixos no corpo.
Um método
alternativo de tratamento que também ataca no estágio de natação livre
em que os parasitas precisam de um hospedeiro em 48 horas após sairem
dos cistos. A técnica consiste em transferir os peixes de um aquário
para outro a cada 12 horas. Para que seja realmente eficaz precisamos de
7 aquários. Uma alternativa a isto é a utilização de uma filtragem (um
filtro com diatomáceas) e esterilização eficazes (uma lâmpada UV com
potência igual a 10% do volume de água). Isto evita que os parasitas
adultos se fixem e formem cistos, logo que deixam o corpo dos peixes.
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